Grandes mudanças

 Estou adiando a redação deste post, pois seu tema é desafiador. Reúno o fôlego, suspiro fundo. Tomo coragem. Trato de teclar. 

Acontece que isso deve ser discutido, de um jeito ou de outro, e espero ser bem sucedida na minha tentativa de tratar disso de maneira sensível e cuidadosa o suficiente.

Minha vida mudou radicalmente desde a partida do meu irmão. Em vários aspectos, em diversas direções, coincidentemente ou não. Muita coisa mudou para melhor por conta de sua partida, embora muita coisa tenha mudado para pior pela mesma razão. Por outro lado, independentemente de sua partida, muita coisa mudou para melhor e muita coisa mudou para pior também. E muita coisa ainda está para mudar, seja por consequência (direta ou indireta) de sua partida ou não. Muitas mudanças ocorreram desde novembro de 2021 e muita mudança está para acontecer, grandes mudanças. De longe, a maior mudança é a partida dele. Pois a sua partida desencadeou uma série ininterrupta de eventos e, dos que não desencadeou, sua ausência ainda se fez presente, como sempre. 

(Permaneço acovardada a respeito desta carta, muito embora permaneça escrevendo. É preciso fazer o pus sair, mesmo que faça sangrar, não é?)

Vou espremendo aos poucos. 


Para começar, fiz hoje minha entrevista com a Associação Brasileira de Psicologia Baseada em Evidências. Provavelmente serei membro colaborador em breve. E provavelmente cursarei meu mestrado em Psicologia Experimental na USP. Talvez eu faça um intercâmbio nacional na USP semestre que vem, como aluna especial. A ideia seria cursar algumas disciplinas relacionadas com o mestrado, como neurociência I, e também outras disciplinas, como filosofia da ciência. Essa é a ponta do iceberg. 


Angústia.



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